"A poesia é sempre um ato de paz. O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.
Os incendiários, os guerreiros, os lobos buscam o poeta para queimá-lo, para matá-lo, para mordê-lo. Um espadachim deixou Pushkin ferido de morte entre as árvores de um parque sombrio. Os cavalos de pólvora galoparam enlouquecidos sobre o corpo sem vida de Petöfi. Lutando contra a guerra morreu Byron na Grécia. Os fascistas espanhóis iniciaram a guerra na Espanha assassinando seu melhor poeta. (...)
Mas a poesia não foi morta, tem as sete vidas do gato. É molestada, é arrastada pela rua, cuspida e escarnecida, confinada para que se afogue, é desterrada, encarcerada, dão-lhe quatro tiros e sai de todos estes episódios com a cara lavada e um sorriso puro."